
A "estatização" foi o meio encontrado pelo governo americano para "recuperar" o estrago feito por acionistas e especuladores à economia real. Esta estatização, aliás, já foi prática utilizada no próprio EUA e na Europa com bancos quebrados e companhias de seguros nesta mesma crise. Lembro que, há três meses outro simbolo do capitalismo norte-americano já fora virtualmente estatizado. O Citigroup, a partir de "ações preferenciais", recebeu US$45 bilhões em dinheiro público, fazendo do governo seu maior acionista. Nesta esteira foram o Bank of America (que recebeu US$ 45 bilhões), JPMorganChase (US$ 25 bilhões) e Wells Fargo (US$ 25 bilhões), além de quase 200 outras instituições.
Segundo Christopher Richter, analista do setor automotivo da CLSA Asia-Pacific Markets, a questão agora é fazer a GM e a Chrysler (outra montadora na mesma situação) competitivas, pois se não o forem certamente o Governo terá que fazer tudo isso de novo em poucos anos. O problema é que o fato dessas montadoras terem ficado menores implica numa maior fatia de mercado a ser disputada, e concorrentes como Toyota, Honda, Nissan e Hyundai (nenhuma delas americanas) certamente ficarão maiores. Alguma dúvida pra onde vai migrar a economia mundial nos próximos 50 anos?
Veja abaixo as maiores concordatas americanas, com o detalhe que das dez maiores nada menos que oito são deste século.

Acontece que o capitalismo mexe com a ordem do intangível, do excedente, do que excede à necessidade de vida e do que não se tem concretude. Depois de Deus e do Amor, verdadeiras especulações metafísicas, o Capitalismo é sem dúvida a terceira maior mentira que a humanidade produziu. Coisa típica de humanos, mentir. Vemos entretanto, que é inevitável sua superação, a questão é a que tempo?
Abraços,
D.
1 comentário
Companheiro,
Como o texto trata dos clichês da mídia, lá vai mais um: caiu na rede, é texto. Manda ver. Depois, o processo, Ninguém paga.
Valeu!
Postar um comentário